61.
De Mônaco a Lyon
(fatos
ocorridos em 2007)
Saímos
de Monte Carlo à tarde e chegamos a Marselha ainda
com a luz do dia, o que facilitou a localização
de nosso hotel, pertencente à rede Ibis, presente em
todas as principais cidades da Europa. Esta rede tem como
lema oferecer conforto e ótima localização
por um preço razoável, talvez por isto seus
hotéis estejam sempre lotados.
Deixamos
nossas malas no Ibis e fizemos um passeio pela cidade; passamos
pelo Velho Porto e chegamos à Basílica de Notre
Dame de la Guardia, uma belíssima igreja localizada
no ponto mais alto da cidade, com uma vista incrível
de Marselha. Voltaríamos a esta igreja no dia seguinte,
porque chegamos lá no final da tarde e ela já
estava fechada. A Notre Dame de la Guardia foi construída
como um forte, inclusive com fosso e ponte levadiça,
o que não atrapalha nem um pouco sua bela arquitetura.
Por isto, quando os aliados liberaram a cidade, os nazistas
refugiaram-se na Basílica, de onde tiveram que ser
expulsos pelo 7ª Regimento de Infantaria Argelino, apoiado
pelos tanques do 2º. Regimento de Carros de Combate.
Por causa desta batalha a basílica apresenta, ainda
hoje, várias marcas de balas e explosões.
Na
manhã seguinte, depois de visitar a Basílica,
fizemos alguns passeios por Marselha e vimos a Catedral de
Marselha, o Arco do Triunfo de Marselha, a Ópera Municipal,
a Praia do Profeta e o Parque Balneário do Prado, onde
estão as principais praias da cidade. Em seguida, fomos
para Cassis, em cuja praia passamos o dia. Cassis é
uma linda cidadezinha, com um porto em uma pequena enseada,
apinhado de lanchas e veleiros, com ruas estreitas cheias
de lojinhas, cafés e restaurantes. Um lugar onde vale
a pena passar umas férias. Ou uma vida inteira, em
minha opinião!
Cassis
tem um tesouro turístico: as famosas Calanques, que
são enseadas entre as montanhas de calcário,
onde o mar é absolutamente limpo e transparente, um
paraíso para mergulhadores e turistas e que vale a
pena conhecer. Sua praia não é muito bonita,
é pequena e, no lugar de areia, encontramos uma espécie
de cascalho, o que incomoda muito os banhistas; mas o mar
é praticamente sem ondas e nadar ali é realmente
muito bom, isto sem falar nas banhistas, que têm o costume
do top-less, ou seja, usam apenas a parte de baixo do bikini,
o que é uma atração à parte.
Depois
de passar o dia na praia, aproveitando para nadar em suas
águas quase mornas, fui passear nas ruas estreitas
de Cassis, onde se realizam shows de jazz; comprei alguns
souvenirs e fui conhecer as rochas que cercam a praia, onde
muitos banhistas preferem ficar, talvez porque dali podem
mergulhar no mar. À tarde, despedimo-nos de Cassis
e voltamos a Marselha, de onde pegamos a estrada em direção
a Lyon. Aparentemente, minhas viagens terminariam naquele
dia, pelo menos era o que eu pensava, ao espichar-me no banco
traseiro do carro.
Já
eram dez horas da noite quando entramos em Lyon e fomos descarregar
nossas bagagens no apartamento do meu filho, para um merecidíssimo
descanso. Agora, eu iria permanecer cerca de três semanas
em Lyon, desfrutando da companhia de meu filho, minha nora
e do Areia, o lindo gato deles, que adora dormir, comer e
brincar.
Mas
as viagens não haviam terminado. Ainda fizemos ótimos
passeios nos arredores de Lyon; visitamos lindos lugares,
como a cidade de Viena (na França), a cidade medieval
de Péruges (conservada exatamente como era na Idade
Média), o maravilhoso Parc des Oiseaux (Parque dos
Pássaros, onde milhares de pássaros de todo
o mundo são criados em liberdade), o Grand Parc Miribel
Jonage, com seu imenso lago, habitado por centenas de cisnes,
e suas praias.
É
importante destacar que, no Parque dos Pássaros, os
pássaros que podem representar algum perigo aos demais
e os que correm perigo por serem pequenos demais são
criados separados, em enormes viveiros, onde podem voar à
vontade e onde entramos para admirá-los bem de perto.
O Parc des Oiseaux é mais que um parque, é um
mostruário da vida animal do planeta.
A
cidade de Lyon é emoldurada por dois morros, Fourvière
e Croix-Rousse (Cruz Vermelha). Subir estes morros a pé
é um passeio incrível, vale a pena por mais
cansativo que seja, pois a vista que se tem da cidade é
estonteante. A subida do Fourvière é a mais
difícil, especialmente porque é feita por ruas
muito íngremes, enquanto a subida do Croix-Rousse é
feita através de escadarias.