60. De Veneza a Mônaco
(fatos ocorridos em 2007)

           Saímos de Chioggia Sottomarina no início da manhã e logo estávamos estacionando o carro em Verona, ao lado da Igreja de Santa Anastácia, às margens do Rio Adige, bem próximo à bela Ponte Pietra, uma ponte medieval. Saímos passeando a pé pela cidade, que é simplesmente linda; passamos pelo Duomo de Verona, com seu maravilhoso conjunto arquitetônico, e chegamos à movimentada Piazza Erbe. Ali, bem próximo, está a casa da família Cappuletti, onde nasceu e viveu Julieta, do famoso romance de William Shakespeare, onde se pode ver a varanda de Julieta e a trepadeira por onde, segundo o romance, Romeu subiu para encontrar-se com sua amada.

          Em seguida, almoçamos e visitamos o Castel Vecchio, também conhecido como Castelvecchio, um maravilhoso castelo medieval no centro de Verona, o Arco dei Gavi e a Porta Borsari; também conhecemos a Igreja de San Giorgio, a Piazza Sacco e Vanzetti e o Teatro Romano. Foi um dia inteiro dedicado a conhecer esta linda e tão romântica cidade italiana. À tarde, seguimos para Gênova, onde passamos rapidamente, conhecendo apenas o porto e algumas de suas atrações, como seu antigo farol, chamado de Lanterna di Gênova, símbolo da cidade.

          Para quem vai de Verona para Monte Carlo, a passagem por Gênova é bastante complicada. Nós obtivemos uma informação de que deveríamos entrar no movimentadíssimo porto de Gênova para poder pegar a estrada para Monte Carlo. Quem nos deu a informação, falou a palavra "Venti Miglia", ou vinte milhas, mas não entendemos direito de que se tratava. Seguimos para Gênova; fizemos um passeio pela cidade e nos dirigimos ao porto, mas lá não havia qualquer placa indicando Mônaco, Monte Carlo ou Nice e ficamos circulando, perdidos, durante vários minutos naquele trânsito congestionado. Finalmente, meu filho pegou a estrada que ele considerou certa e seguimos por ela, sem saber se estávamos realmente certos; de repente, surge a placa indicando que a próxima cidade era "Venti Miglia". Ricardo havia acertado por intuição.

          
Encontrar destinos não foi uma dificuldade para nós em lugar algum, pois, o carro do meu filho é equipado com um aparelho GPS da marca Tom Tom, de última geração. Fiquei maravilhado, nunca foi tão fácil viajar pelo mundo! Ocorre que nesta tarde, em Gênova, o aparelho GPS do meu filho ficou com a bateria descarregada e, por isto, nesta única oportunidade, dependemos de informações e orientações.

          No início da noite, chegamos a Nice, na França, onde dormiríamos. Escolhemos Nice porque já está na França e porque os hotéis em Monte Carlo são muito caros. Na manhã seguinte, saímos de carro para dar uma volta na bela cidade de Nice e voltamos a Monte Carlo, no Principado de Mônaco, onde passaríamos o dia. Foi um passeio inesquecível! Visitamos os principais pontos turísticos de Monte Carlo, como o Cassino de Monte Carlo com seu magnífico jardim, o Hotel de Paris, a Avenida e Fonte Princesa Grace, a praia de Monte Carlo, o porto, o túnel Auditorium, a catedral e o palácio do Príncipe de Mônaco.

          Para mim, foi um retorno, pois estive em Veneza, Gênova, Mônaco e Nice em 1966; mas agora tudo foi muito diferente. Na primeira viagem, eu era um rapaz inexperiente em matéria de viagens internacionais, levava pouco dinheiro e praticamente não tirei fotos da viagem devido a um problema com minha câmera. Desta vez, pude aproveitar muito mais, pois já estava aposentado, sem pressa alguma e a viagem toda foi muito bem planejada por meu filho e minha nora. Além disto tirei mais de três mil e setecentas fotos com minha excelente câmera digital Sony Cybershot H5.



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